Jeanne Emilie de Villeneuve nasceu em Toulouse no dia 9 de março de 1811 e faleceu em Castres no dia 2 de outubro de 1854. Desde a mais tenra idade viveu no castelo de Hauterive, perto de Castres, onde sua mãe, doente, se retirou para tratar-se. Aos 14 anos perde sua mãe e, três anos depois, sua irmã Octavie, em 1818.
Após a morte da mãe, viveu algum tempo em Toulouse, onde sua avó tinha assumido sua educação e a de seus irmãos.
Aos 19 anos Jeanne Emilie volta à Hauterive, onde administra a vida familiar, ajudando seu pai, então prefeito de Castres (de 1826 a 1830).
Ela pensa entrar com as “Filhas da Caridade”. Mas, durante o prazo de reflexão decidido com seu pai, ela funda, com o consentimento de seu bispo, e com duas companheiras, a Congregação de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro de 1836 com uma comunidade religiosa, rapidamente conhecida sob o nome de “Irmãs Azuis de Castres”, por causa da cor de seu hábito.
No anonimato de uma casa de Castres*, ela atende, com a ajuda de suas companheiras, os mais desfavorecidos; jovens operárias, doentes, prostitutas, os condenados à prisão. A Congregação vê
crescer o número de suas irmãs e sua expansão se estende à Africa: Senegal, Gambia, Gabão.
Em 1853 Jeanne Emilie de Villeneuve se demite de seu cargo de Superiora Geral e foi substituída pela Irmã Héléne Delmas.
Em 1854 a epidemia de cólera atinge Castres e a fundadora das Irmãs Azuis morre no dia 2 de outubro, rodeada por suas irmãs.
* A primeira casa das Irmãs Azuis em Castres na rua Tolosane ------>>>>>
A Fundadora
Castelo de Hauterive - Casa da família
Casa Mãe Castres - 1902
Rua Tolosane - Castres
A opção privilegiada pelos pobres
O carisma de Jeanne Emilie de Villeneuve explica perfeitamente o leque e a diversidade das atividades exercidas pelos membros da comunidade:
Jeanne Emilie de Villeneuve nos chama a nos tornarmos, nós também, missionárias onde estivermos, ousando assumir posição pela justiça, pela paz, pelo respeito e atenção aos mais pequenos... em
todos os nossos lugares de vida, e a fazer tudo isso por amor, conforme a divisa assumida pela congregação: “ir onde a voz do pobre nos chama”.
“Ir onde a voz do pobre nos chama”
Jeanne Emilie fez da disponibilidade e da atenção aos pobres uma prioridade; ela assumiu o risco de ir ao encontro dos excluídos, dos presos ou das prostitutas das ruas de Castres... Ela dedicou
sua vida ao cuidados dos doentes, á educação das jovens, à evangelização, à oração e à caridade.
A missão das irmãs azuis: ir nos lugares de pobreza
De modo geral, se as Irmãs Azuis servem a “Deus só”, conforme a divisa de sua fundadora, é no encontro com os pobres que elas estão a seu serviço. No próprio espírito de sua fundadora, elas são
enviadas a lugares de pobreza:
A espiritualidade da Congregação
"Deus só"
Eis o que esperava a Madre Jeanne Emilie de Villeneuve da parte de suas companheiras: “O melhor meio de responder á graça de sua vocação é de considerar em tudo os interesses de Deus Só, sua
glória e o contínuo crescimento de seu reino nos corações”.
Permanecer à escuta...
Jeanne Emilie deixou ressoar em seu coração a Palavra de Deus... Palavra presente em sua vida de mulher.
Ela nos chama a tomar tempo para fazer silêncio e escutar o que Deus nos diz. Como ela que soube escutar sua família e compreender o sofrimento das jovens de
seu tempo, exploradas nas usinas..., somos convidadas a trabalhar para ajudar as pessoas em dificuldade, onde estamos e em toda parte. Sua mensagem é universal por sua abertura às outras culturas
da África, da América do Sul e de outros lugares. E esta escuta de si, dos outros e do mundo, Jeanne Emilie nos convida a vivê-la em união com Jesus Salvador e sob seu olhar de amor.
Contemplar e agir...
Jeanne Emilie criou, construiu, escreveu... durante toda sua vida. Mas ela soube enraizar sua ação e ver “Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”. Ela nos chama a buscar sem descanso
Deus presente no centro da vida, nas menosres coisas
diárias... Ela nos convida a aguçar nosso olhar para ver o mundo “com os olhos de Jesus” e assim, viver uma “ação contemplativa”.
Palavras de Jeanne Emilie
Jeanne Emilie de Villeneuve nos propõe, segundo sua própria experiência, de viver “com os olhos fixos” em Jesus Salvador (Heb 12, 2) de nos exercitar em imitar sua obediência à Vontade do Pai:
Com os olhos fixos em Jesus, “seguindo seus passos”, servir “os pobres e membros sofredores de Jesus Cristo”, cumprindo assim os “desígnios de amor de seu Pai”, subir com Ele a Jerusalém, “fortes
da força de Jesus crucificado” (Mis. II, 5), “a custas de nosso repouso,
de nossa saúde, de nossa própria vida mesmo, se for necessário, com um amor cheio de confiança” para ser finalmente configuradas em Jesus Salvador.
As Irmãs da imaculada Conceição são intimamente associadas à Maria Imaculada. Como Ela e por sua intercessão, lhes é concedido de:
Nome da Congregação: Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Castres, denominadas "As irmãs azuis" por causa de seu hábito de
origem.
Fundadora: Jeanne Emilie de Villeneuve (1811-1854)
Divisa da Congregação: ”Deus Só”
Data de fundação: 8 de dezembro de 1836 (Constituições aprovadas em 1842 e revisadas em 2004).
Missões internacionais: Fundações:
Competências: Educação, saúde, social, participação da vida da Igreja local.
Línguas faladas: Francês, espanhol, italiano, português, inglês.
Situação atual : 544 membros distribuídos em 124 comunidades em 18 países França, Espanha, Itália, Senegal, Guiné Bissao, Burkina Fasso,
Benin, Gabão, RDCongo, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Venezuela, México Haiti, Filipinas.
Programa de caminho:
Projeto de vida: Religiosas de vida apostólica, discípulas de Jesus Salvador, desejosas de
anunciar o Evangelho e de promover a vida, a paz e a justiça através de ações diversas.